quinta-feira, 24 de maio de 2012

Marginal Alado


Da caneta sai a tinta que desenha a inspiração
do poeta que se empenha, sem rezenha,
e não desdenha o dom de fazer o som,
sangue bom que valoriza
a brisa no rosto
disposto a enfrentar a tribulação
da canção faz seu abrigo
pra suportar o castigo
e desviar dos perigos 
que a vida impõe
com destreza resiste
e persiste no caminho estreito
homem cheio de defeitos
na busca de direitos
que não toca instrumentos
mas assimila as notas
e não aceita a derrota
que pela vida é imposta
e com o grafite do lápis dezenha a poesia
 idéia quente que derrete a eresia e
a hipocresia de mentes vazias
tirando o capuz do que não ve a luz
que se seduz pela complexidade do infinito
como se fosse bonito
criar conflito
afim de deixar o semelhante aflito
dedico minha vida de olhos fechados
pela fé sou guiado
sem enchergar minhas mãos
e na imensidão me jogaria
sem idolatria
e como marginal alado
voaria...

Um comentário:

Marinha disse...

Parabéns, morico!
Sensibilidade aliada à militância e engajamento no movimento e em tudo que estiver relacionado à dignidade humana.
Realmente, és alguém que nos inspira a seguir em frente!