segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Eu e Mario


Seria insuficiente uma semana para conhecer Mario Quintana, os resquícios do homem-poesia formam um quebra-cabeça em minha cabeça. E aos poucos, vou montando da Andradas a Borges. Sim, bato continência na Marechal e peço a benção ao Vigário pela rápida parada na Voluntários. E a pátria que já não é mãe gentil, me pariu e partiu. E a Musa? E a Blusa? A indumentária necessária, que cobria a cesárea obscurecendo a nudez, e a dança da insensatez me leva às ruas, às almas na palidez, e eu freguês inveterado envenenado por causos e meu silêncio pauso. Como o revoar das gaivotas, mãos se desenham e as peças se misturam ao tentar seguir os passos do homem poeta e assim me perco na busca do desconhecido, mas sei que pulsa e sinto vivo entre prédios, ilusões, amores e tédios a rua que me leva a praia é o remédio. E a cada trago de cigarro imaginário como a fumaça de fim de semana me perco no dicionário poético de Mario Quintana.

2 comentários:

Marinha disse...

Inspiração divina!!! Parabéns, poeta das ruas!
Bjo e paz!

Anônimo disse...

Nossa White! Maravilhoso como sempre e, ao mesmo tempo, cada vez melhor!
Acho que o Mário adoraria ler-te!
grande abraço!
Rita Buttes