sexta-feira, 6 de maio de 2011

Estranho

Estou estranho, to me sentindo estranho, sujeira não é, já tomei banho.

Não to fanho, nem com ranho, narina entupida, mas sinto o cheiro de estanho.

Por isso ganho!

Bato, esqueço... mas não quando apanho.

To meio estranho, mas não me estranha, chega chegando, mas chega na manha.

Se liga na barganha, pois não barganho, parece pequeno mas olha o tamanho...

do prejuízo que ao meu juízo pode acarretar é difícil sair, porque é fácil entrar.

Nem sempre o domingo vem antes da segunda, e de maneira estranha muitos se afunda.

Já me estranhei vendo bichinho na multidão me sentindo sozinho.

Não é fácil na seqüela manter o equilíbrio, na favela, sem luz sem vela “redoma de vidro.”

To me sentindo estranho caindo na real, to achando estranho o que era natural.

Seria estranho se eu estranhasse esta maneira de me auto enfrentar e pensar

Pois este é o ponto que queria chegar pra parar de me estranhar.

2 comentários:

Marinha disse...

O estranho e suas prioridades!!!

Sharylaine SP disse...

Adorei tua poesia, me fez lembrar JB Blow de quem nutri admiração toda minha vida.
Parabens