quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Critica de Arte

Há quase duas décadas se alastra esta brincadeira da gurizada pelo Brasil a fora na pichação, que consiste em deixar o nome individual ou do grupo em locais de visibilidade pública e quanto mais alto o local mais considerado é a aquela atuação.
O Picho é uma comunicação da rapaziada que anda nas ruas urbanas das cidades demarcando território para ostentar, força, agilidade, empenho, coragem, audácia, etc. Na adrenalina do risco ao rabisco de tinta spray e PVA em placas, atropelos, muros, paredes e a última moda satisfatória gloriosa para eles é a escalada perigosíssima de prédios.
A sociedade classifica estes atos como vandalismo. Estas ocorrências são desordenadas para cidadãos comuns, pois não conseguem ter uma boa leitura por não entenderem esta escrita em traços e símbolos. Porém na linguagem deles é muito significativa, comunicativa, além de ordenada e estratégica.
Quanto mais grupos houver numa comunidade mais pichação existirá devida à disputa para expandir território. Deixam palavras de amor, desabafo, ordem e baixo calão em direção a alguém específico, a qualquer classe social e ou grupo empresarial.
O setor público a exemplo da Prefeitura de Porto alegre estuda e aplica mecanismos como campanhas educativas, conscientizadoras, a multas, trabalho comunitário para manter a lei e ordem visual urbana. Fazer interferência em locais públicos e privados sem permissão com o intuito de atingir, arrebatar, ofender, ameaçar.
Uma ação fútil gera uma segunda ação inútil depredatória, procriando num coletivo de todas os grupos que picham somado ao terrível estrago da tinta spray química sobre a superfície atacada, aqui menciono os monumentos da cidade. Que é gasto um alto valor para mandar construir uma forma tridimensional na escala de um monumento 3m de altura aproximadamente, sobreposto em cima desse valor para limpar a pichação e restaurar se necessário às obras de cada cidade brasileira.
No Brasil há o movimento social denominado hip hop, que propõe várias medidas para dirimir os problemas da periferia, como este exposto aqui. A arte do g raffitti urbano, técnica mais evoluída da pichação, harmoniosa, construtiva e plástica. Busca resgatar estes aventureiros que iniciam pichando, não evoluem não envolvem-se com algo maior e melhor que é a graffitagem, um dos quatro elementos consagrados do hip hop.
Esta plasticidade está tão avançada que bons grafiteiros do Brasil já estão fazendo grandes trabalhos pelo mundo à fora. E o mais interessante estudantes de arte já estão se comunicando, identificando-se com este movimento tanto na música quanto nas artes visuais. Fazendo combinações de trabalhos artísticos nas quebradas periféricas e em de ensaios musicais. Lógico que nossos acadêmicos estão engatinhando, mas com muita vontade de progredir no desconhecido para eles.
Desejo que esta integração seja de grande progresso e sucesso! Porém aponto para algo talvez ainda não tenham pensado ou não disseminado pelo movimento periférico, como ministrar uma oficina de graffitti dirigida à preservação dos monumentos e não somente a pichação ou ministrada pelo poder público visando não somente a arte 3D.
Sinto uma carência de técnicos, oficineiros e professores que consigam fazer esta fusão. Num dialogo bem pensado sobre a proteção deste bem público, deve haver um boa mediação no debate nem trazendo tanto o lado da pichação e graffitti nem tanto para a preservação dos monumentos, precisa ser mostrado como o graffitti deve auxiliar na proteção e conto da do fato histórico dos monumentos, uma boa integração entre ambos arte graffitti e arte tridimensional.

postado por MK (Poderoso Gaúcho)

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