Ultrapassando a barreira do som e o campo
magnético chegando a 5º dimensão ficando perplexo, tudo o que não tinha nexo
agora ganha sentido. Nem mesmo meu reflexo havia percebido. Atravessei o
espelho, recordei de mim mesmo, já fritei merda pra comer torresmo. Me teletransportei, acionei a máquina do tempo. Um tratamento de choque foi preciso. Estava com
muito medo e indeciso, olhei além do caquedo de um corpo físico. O intelecto é o elemental
essencial, a mente o veículo... eu dirijo! O desconhecido pode ser familiar, dejavus, premonições, pressentimentos, não há sem discernimento. O universo conspira entre a
calma e a ira, o tesão e o nojo, o silêncio que precede o esporro, o grito de
socorro, o desespero de um condenado a viver em um mundo viciado, ruídos em
surdos ouvidos, sussurros, gemidos, oprimidos intoxicados deprimidos, rebites,
boletas, arrisco um palpite: sou de outro planeta! Poderia ser um humanóide, um
pedaço de asteróide, um astro luminoso, uma estrela cadente, mas sou um mano
cabuloso, aos poucos apodreço como
carniça devorada por abutres se decompondo exposto aos raios ultravioletas. Acabou meu orgulho, virei entulho. Pudera eu ser uma borboleta, mas humano sou, e
se de nada sei, pra nada servirei e mais rápido que a luz, que a transmissão do
satélite, antena é o pus, a gangrena, minhas lágrimas são ácidos, me corte um
pedaço. Não me deixe chorume por inteiro. Eu posso ser reciclado, eu posso ser passageiro.
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