sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Silêncio by Mary do Rap

Vejo um mundo escuro
E cheio de delito.
São vários manos no inferno.
Ouço gritos
De almas perdidas pedindo socorro.
Famílias no silêncio, sofrendo no morro.
É o resultado irado
Que mostra o plano da morte
Moleque cabeça fraca
Leva uma vida sem sorte.
Na lembrança, é ausente.
O respeito e o carinho
Numa vida de crimes,
Acaba morrendo sozinho.
A tarde avança e o tempo é frio.
Sai de casa o moleque
Pra se perder no vazio.
Seus pensamentos e desejos
São só de vingança
Inclinado pro mal
Já perdeu a esperança.
Às vezes até pensa
Em mudar com firmeza,
Mas não crê em mais nada
Por isto tanta frieza.
Foi quebrado um espelho.
É um lance de mau.
É o uivo de um cão, mau agouro.
Gato preto é o sinal.
Lá, já aguardam figuras.
Também tão inexperientes
Mas já com traços do crime
É a síndrome do delinquente
E a mãe lá no morro
Pede a Deus com carinho
Traz meu moleque pra casa
Mesmo bandido, meu Deus,
Ele é meu filhinho.
Com receio e temor
A mãe pede senhor Deus, me define.
Esta é uma faca de dois gumes
Saber que seu fruto está perdido
Na enfermidade do crime
E num sentimento de cólera
Voltado pro mal
Vence o ódio e a repulsa
O moleque acha o que procura.
E o resultado é fatal:
São dez tiros certeiros
Naquele apático coração
Mais um moleque indomável
Entregue a mais fria execução.
Este decreto infeliz,
Tão baixo e pagão.
Foram desgraçadas mais vidas
Violência este mistério sem razão
.

Crônica: Mary do Rap #MundoImediato