quinta-feira, 25 de março de 2010

Rap é compromisso 12º edição São Vicente-SP



A caravana rap é compromisso cumpriu mais uma missão importante para o Hip-Hop Gaúcho e porque não se dizer latino americano, direto do Sul do país para a cidade de São Vicente litoral paulistano foi o nosso destino. Foram 26 horas devido aos engarrafamentos e adversidades do percurso que causou uma certa ansiedade nos marinheiros de primeira viajem . Um busão carregado de experiência com os B.boys da Restinga e Gurias Crew, os grafiteiros das Crews, Zombando , Arte do risco, PNG Muros,Spray Nervoso, Quim e Thaís , os grupos de rap, CPI , Dynamic rapper’s, Smua, 2 Di, Will Capa Preta do Paraná, a rapaziada de Santa Rosa e de Erexim e a molecada nova que foi como observadores e simpatizantes do movimento, a caravana sob coordenação do mano White Jay que conduziu com muita seriedade e sempre dialogando em cada parada orientando os tripulantes .Chegamos por volta das 18: 00 horas mano Oxi e Toni C nos receberam nos passaram as orientações referentes ao credenciamento, alimentação, alojamento e a grade de programação.

Tínhamos um papel estratégico neste encontro que era cada representante da sua área participar de forma orgânica nos debates e atividades culturais, não poderíamos de forma alguma perder a oportunidade de expor nossos projetos e trabalhos neste grande momento do hip-hop latino americano, pois passamos por um período de transformações na sociedade e cumprimos uma tarefa revolucionária no país, realizar um encontro deste tamanho é muita responsabilidade e para que tudo desse certo foi necessário a contribuição de cada um que foi com a gente, por isso valorizamos cada momento do encontro, a integração cultural que foi proposta e as resoluções tiradas foram essenciais para o que projetamos para nosso movimento, lideranças de todo o Brasil se fizeram presentes entre parlamentares, vereadores, prefeitos, secretários, militantes e coordenadores de varias posses espalhadas pelo Brasil inteiro, não foi um show de hip-hop propriamente dito, mas sim uma reflexão e um mergulho na historia de nossa vida na vida do hip-hop, poder ouvir e falar com Nelson Triunfo uma lenda viva do movimento e ver que temos muito a construir e que devemos sempre nos questionar sobre a cultura que queremos, descobrir que no Sergipe temos também um programa de TV e que Hot Black diretor da Nação Hip-Hop de lá, foi escolhido para conduzir a tocha Olímpica isto nos honra e nos da a certeza de que estamos no caminho certo, ver as minas Negrátia e Pandora assumir a diretoria nacional de nossa entidade e concluir que avançamos e que o hip-hop esta amadurecendo e não estamos ficando estáticos esperando que a mudança chegue até nós e sim fazendo a construção desta mudança, propondo leis que hoje são nossas ferramentas de luta, mostrando pros manos que estão chegando que os 4 elementos não são mais suficientes para o que queremos alcançar é preciso participação política para que possamos buscar a liberdade e a hegemonia de nossa cultura.


A caravana Rap é Compromisso esta apenas esquentando as turbinas, pois este ano a Companhia Pesada do Improviso fará muitas caminhadas pelas quebradas do mundo!!!

Rap é compromisso 13º edição Montenegro-RS



Estivemos neste final de semana na cidade de Montenegro-RS onde realizamos a maior atividade de Hip-Hop da história da cidade, foram 06 horas de muita cultura e integração das diversas comunidades que estiveram presentes no projeto, os elementos da cultura de rua encheram a Sociedade Montenegrina e provou mais uma vez que a caravana Rap é compromisso já é a maior caravana de Hip-Hop do Brasil, acreditamos que com a união dos grupos organizados de cada quebradinha poderemos mudar a triste realidade das periferias do Brasil. Montenegro que entrou nas estatísticas sendo a cidade com maior índice de usuários da maldita pedra de crack, encontrou na nossa cultura uma alternativa para combater esta epidemia, nós a Companhia Pesada do Improviso estamos dispostos a chegar onde for preciso para lutar contra qualquer tipo de degradação e preconceito, não queremos provar nada para ninguém e sim para nós mesmos que somos capazes de transformar vidas com a ferramenta de trabalho chamada Hip-Hop. Valorizando a principal obra prima... o ser humano!!!

Agradecemos ao Mc Pedrão, a TV Cultura de Montenegro,a equipe do Jairo Cabelereiros, a Enxame Street Wear e a diretoria da Sociedade Floresta Montenegrina que nos recebeu com muito respeito e carinho, liberando inclusive as paredes da sede para nossos grafiteiros.E camaradas nosso movimento se consolida a cada dia, parabéns a todos e boa luta!!!



Assista nos próximos programas Hip-Hop Sul da TVE-RS o Rap é compromisso aos domingos 12:30 hs e as terças-feiras as 21:00 hs.

quarta-feira, 17 de março de 2010

Excurção Rap é compromisso Montenegro-RS




A caravana Rap é Compromisso se prepara para mais uma grande atividade, e desta vez o palco será na cidade de Montenegro e estamos fazendo uma excursão pra lotar a sociedade Floresta Montenegrina. O buzão sairá de Porto Alegre e de Alvorada, a parada é Hip-Hop até o osso, além de muitos shows estaremos gravando o Hip-Hop sul e o programa do M.C Pedrão (Tô na banda), teremos cortes de cabelos e tranças gratuitos com o apoio do Jairo cabeleireiro e equipe.

data: 21/03
saída: 13:00hs e retorna as 23:00hs.
valor do passaporte: R$ 20,00 pila
contato: (51)84685879 e 91926739

terça-feira, 16 de março de 2010

Hip-Hop e cidadania da rua para o sistema prisional



A modulada de Charqueadas jamais será a mesma depois da visita do Projeto Mc’s para Paz e da Companhia Pesada do Improviso, onde realizaram um bate papo com a rapaziada e um show para as minas do módulo feminino, foi uma forma de homenageá-las pelo mês internacional da mulher. White Jay tem acompanhado o Projeto desde o ano passado, levando informação e toda a sua bagagem do movimento social, para os apenados e apenadas do sistema prisional gaúcho, onde o principal foco e o resgate da cidadania e a proliferação de uma cultura de paz.

A Nação Hip-Hop Brasil acredita que trabalhando na base fará a mudança e a diferença neste país!

sábado, 13 de março de 2010

A história de Mc DKG




Daniel Guedes Couto conhecido como “DKG” nascido e criado na cidade de Bagé -RS residente de Gravataí região metropolitana de Porto Alegre-RS, começou sua carreira no rap em 2009, influenciado por amigos que ouviam seus freestyles na esquina. Em uma dessas noites conheceu o rapper Obscuro do grupo Ideologia RS que lhe convidou para fazer parte do grupo onde cantou durante um bom tempo. Adquirindo experiência com os amigos decidiu partir para carreira solo e produzir sua Mixtape intitulada ”Nova escola” com influencias de Racionais Mc’s, Ndee Naldinho, Thaide e Dj Hum, RZO, Tupac, White Jay e Sabotage. DKG iniciou sua militância participando e organizando eventos em escolas e associações de bairros junto com companheiros dos grupos locais.
DKG gravou sua primeira música no estúdio cúpula 12 com participação do grupo Ideologia RS , o rap “rochele” que fala do crack e faz alusão a uma mina muito poderosa. DKG é um freestylero nato e logo foi convidado a participar da crew CPI(Companhia Pesada do Improviso) a convite do mano “White Jay” que considera seu mestre. DKG é um jovem muito determinado e de pensamentos muito positivos e reproduz isto em suas letras contundentes. DKG não parou por ai e em 2010 lança seu home estúdio “dekillograma” onde está produzindo seu próximo trabalho e de outros amigos que incentiva muito...
DKG é ativista da Nação Hip-Hop Brasil e diretor da ARH2 (Asso. Regional de Hip-Hop), também desenvolve na comunidade o projeto “Um H no coração” levando informação através dos elementos da cultura de rua formando assim uma verdadeira escuderia do movimento Hip-Hop na cidade de Gravataí.

Atividades que já participou:

Caravana Rap é compromisso Alvorada-RS
Caravana Rap é compromisso Eldorado do Sul-RS
Festival Tenta sorte tirando 3° lugar (Gaza produções- Viamão-RS)
Festival de novos talentos do rap (part. rapper MKY)
Casa de shows Wave Viamão-RS
Formiga Atômica bar Cachoeirinha-RS
Lançamento da Mix tape “Nova escola” Tulio’s bar
Hip-Hop e cidadania da rua para a escola Porto Alegre-RS
Lançamento do disco do grupo Implosão Sonora de Cachoeirinha-RS
Dia do Hip-Hop no Parcão de Cachoeirinha-RS
Programa Hip-Hop Sul da TVE-RS
1º Encontro Estadual de Hip-Hop na Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul




Msn- dkg_basquetero@hotmail.com

Somos diferentes?

Vim de uma realidade que muitas vezes dependi dos outros até para comer, minha infância pobre me colocou em condições de miserabilidade,quando faltava as coisas em casa, saíamos pedindo nos vizinhos ou saíamos catando latas, vidros, papelão, etc... Sabe, quando se é criança não temos vergonha de nada. Somos influenciados pelas pessoas ou pela condição de sobrevivência, não sei como acontecia estas situações por que meu pai sempre trabalhou, talvez a grana não desse para toda a manutenção da família. Mas pô, faltar o básico é triste! Aos 13 anos de idade já era um guri ligeiro no mundo, andava por várias quebradas, não tinha medo de nada, me lembro que ia para minha tia e lá gostava de ficar, tinha meus primos que eram mais velhos e aprendi as malandragens com eles, me lembro que consegui meu 1º emprego de vendedor de picolés com um dono de uma lancheria que era amigo de meu tio. Então, vendia picolés por toda Alvorada, eram vários quilômetros percorridos a pé com uma caixa de isopor carregada com mais ou menos 20 quilos. Isso para um muleque era puxado, mas mesmo assim seguia na peleia atrás de um dinheirinho, e me virava pra ajudar minha família; eu o mais velho de 4 irmãos tinha que fazer os corres. Eu gostava, por que além de ganhar meu troco, podia conhecer as vilas. Era perigoso, algumas vezes fui assaltado e tinha que usar a corneta pra me defender e, às vezes, correr e deixar a caixa de picolé para trás. Meus corres começaram cedo e sempre fui de movimento. Meu coroa sempre teve em casa brique e conserto de alguma coisa. Eu sempre metido no meio e, assim, me virava daqui e dali pra arranjar um cascaio. Sabe como é a vida de muleque de vila! E uma coisa que herdei de meu pai, foi o lance de improvisar e catar as coisas na rua. Meu veio sempre que via algo quando passávamos em algum lugar, se estivesse de carro parava e juntava, pois, para ele alguma hora poderia ter uma serventia fosse um parafuso, uma tampa de panela, um guarda-chuva quebrado o que fosse ele catava até porque ele era meio professor pardal, consertava bike, guarda-chuva, panela de pressão, geladeira.
Vocês devem estar se perguntando porque estou relembrando tudo isso? A parada é a seguinte, uma coisa que tenho comigo é a valorização do ser humano, pois como vocês sabem já passei poucas e boas na vida, e uma coisa que valorizo muito são as pessoas, sou solidário e não gosto de injustiças, já passei fome, já dormi na rua, já fui marginalizado e por isso é natural e cultural o jeito que sou. Valorizo muito um pedaço de pão, um prato de comida, um agasalho, me sensibilizo com os menos favorecidos e sempre que posso ajudo meu semelhante. Aqui onde moro é rodeado por moradores de rua , catadores e muitos são da comunidade vizinha, sempre que sobra algo de comida coloco em um potinho e deixo na janela de casa ou saio na rua para alcançar para alguém. Ontem, quando estava fazendo isso, encontrei um rapaz chamado Silvio Henrique, que ao me ver em frente ao prédio com o pote na mão se dirigiu a mim e disse: Isto ai é comida ? Eu respondi sim, e começamos a conversar e ele muito simples me disse, “bem certinho posso levar amanhã de vianda, por que to sem comida em casa”. Aí ele me contou que veio de São Borja , que tem uma filha que fica com a mãe, e que agora ele está feliz porque conseguiu o 1º emprego de servente de obras, que comprou uma casa de 100 reais na vila Chocolatão, e, assim, poderá dar uma vida melhor para sua família. Estava pedindo alguma roupa para poder ir trabalhar, pois só tinha a que estava no corpo e outra muda para ir para o trabalho. Então, parei, pensei, conversei mais um pouco, e após alcançar o potinho de comida, refleti sobre minha vida. Ao entrar em casa agradeci ao meu Deus por tudo o que sou hoje!

Carta Sul-Americana das Culturas Populares

Nós, participantes do II Encontro Sul-americano das Culturas
Populares, que representamos as delegações da Argentina, Bolívia, Brasil,
Equador, Paraguai, Venezuela, com a presença de Cuba como convidada,
chamamos a atenção de nossos governos para que reconheçam o
extraordinário valor deste Encontro, que aceitem e incorporem as
afirmações e as propostas dos mestres e mestras das culturas populares, que
são a alma, o passado, o presente e o futuro de nossa América.
A presente reunião se conecta também com os alinhamentos da
Convenção sobe a Proteção e Promoção da Diversidade das Expressões
Culturais da Unesco (outubro de 2005), que vem, justamente, enfatizar a
defesa, a valorização e a promoção das culturas tradicionais e o respeito à
diferença dos povos de todo o mundo.
Este momento tem um grande valor histórico também porque, em
uma quarta semana de novembro (precisamente de 25 a 27 de novembro de
1970), há 40 anos, foi realizada em Caracas a primeira Reunião
Interamericana de Especialistas em Etnomusicologia e Folclore, da qual
resultou a Carta do Folclore Americano.
Naquela época e naquele contexto social, cultura e político, a Carta
concretizou a aspiração de uma geração de pesquisadores e representantes
de órgãos estatais e internacionais de todo o continente para que as culturas
tradicionais da América Latina fossem protegidas, difundidas e
promovidas.
Ao contrário de como se propôs daquela primeira vez, na qual os
mestres e artistas populares, os povos originários e as comunidades de afroamericanas
não estavam presentes, esta carta é escrita com a participação
deles e em um novo momento histórico da América Latina, no qual muitos
países atualizaram suas constituições, elaboraram políticas, programas e
legislações para incorporar as demandas populares e o reconhecimento de
toda sua diversidade cultural, de modo a promover a inclusão social. E,
ainda mais, em um momento em que os mestres das culturas populares têm
a palavra e são protagonistas de suas conquistas e demandas, que este
documento desperte a consciência dos governos sul-americanos para se
identificarem com estes sentimentos e se comprometerem integralmente em
implementar as propostas de políticas públicas que os mestres e artistas
populares, povos originários e comunidades afro-americanas assinalaram
neste documento.
A partir do II Encontro Sul-americano das Culturas Populares, os
mestres e as mestras, os grupos e redes da cultura popular, artesãs e
artesãos, pesquisadores e representantes dos Estados, de cada país aqui
representado, expressamos a necessidade de destacar o que foi
invisibilizado e silenciado ao longo do tempo, de obter mais respeito, de
garantir a cultura como um direito humano fundamental. Além disso,
esperamos que naquelas regiões da América em que, infelizmente, ainda se
sofre com a falta de recursos, a discriminação e a ausência de mecanismos
adequados de registro e proteção, se superem tais condições.
Consideramos que a cultura produz vínculos sociais duráveis e que,
para fazer uma verdadeira revolução com cidadania, temos que começar
pela cultura, na medida em que um povo que não se envolve no processo de
construção de sua cultura não tem sentido de pertencimento.
Não podemos deixar morrerem as culturas populares, nem deixar que
os produtos da indústria cultural transnacional, sem raízes em nossos
povos, tenham mais importância e opaquem a nossa.
O mundo tem que se abrir. É necessário criar um ambiente de
confiança no qual todos se sintam livres para expressarem suas artes e
saberes. Hoje em dia desejamos ter mais espaços onde possamos expressar
nossos sentimentos. Existem aqueles que podem e os que não podem.
Precisamos deixar aflorar o sentimento reprimido para que nos seja
permitido crescer, como a germinação de uma planta, como a seiva que
alimenta sua vida.
Para transformar a realidade vivida atualmente pelos mestres e
artistas populares, reconhecemos a importância de promover a integração,
não apenas regional, mas também entre os povos e os mestres e artistas
populares. Precisamos eliminar simbolicamente as fronteiras que são
criadas pelos homens, para promover Integração com Diversidade.
Neste sentido, os grupos, redes, mestres populares e representantes
dos Estados, aqui reunidos, afirmam que o sonho da integração está
deixando de ser uma utopia e se convertendo em uma realidade. Estamos
construindo uma ética popular dos nossos povos sul-americanos.
A integração nos faz irmãos, enriquece saberes e sabores e se
cristaliza nos âmbitos culturais, sociais e políticos.
Acreditamos que a cultura pode se tornar um veículo de coesão, que
nos mantém unidos como família e nos serve como alimento espiritual. A
promoção de encontros ajuda a garantir nosso direito de conhecer uma
parte de nós mesmos que não conhecemos. Nestes encontros, a cultura e
todo o universo cultural se abraçam. Esta fusão cultural nos enriquece e nos
alimenta, como uma vitamina para a alma.
Ao mesmo tempo, queremos garantir a integração com diversidade.
As diferenças ou variações das manifestações culturais não implicam na
desqualificação de algumas delas, mas sim, expressam o interesse em
proteger as raízes de cada uma.
Além da integração, afirmamos que é essencial a atuação do Estado
para promover e dar base para multiplicar a sabedoria popular dos mestres,
sem ter a participação em organizações políticas como condição.
Valorizamos um governo popular que aponte para a inclusão social,
a proteção das culturas populares e que apóie as pessoas que estão
trabalhando diretamente com a cultura popular.
Por isso, acreditamos que é necessário romper com o paradigma do
apoio único às Belas Artes.
E, mais que tudo, que a voz e a decisão sejam, a partir de agora e
para sempre, dos mestres e artistas populares. Nesse sentido, precisamos
defender a autenticidade e a autonomia das culturas populares, com um
despertar para o coletivo.
Precisamos promover e preservar as culturas populares, reunindo e
deixando fluírem novas criações. Para isso, deve haver em todos os países
um casamento entre a cultura e a educação, valorizando os mestres como
docentes nas escolas e universidades e ensinando professores a dançarem,
tocarem e brincarem, por exemplo. Devemos unir cultura e educação se
queremos a continuidade das culturas populares, ensinar as crianças e os
jovens para que se perpetue o saber e a cultura do que nos é próprio. Se a
educação é um direito de todos, devemos criar as condições para que a
cultura também possa ser.
É importante promover o conhecimento mútuo das expressões das
culturas populares, por meio de um mapeamento regional. Paralelamente,
propomos a elaboração de uma política de gestão de riscos das expressões
das culturas tradicionais e, a partir disso, criar um fundo latino-americano
para proteção e promoção de nossas culturas.
O registro e a difusão de tudo o que fazemos são também formas de
resistência.
Para contribuir com a preservação e a dignidade deve ser criada,
dentre outras coisas, uma pensão digna aos mestres, que fazem a beleza de
seu país com tanto trabalho e amor.
Devem ser criados centros de formação permanente sobre as culturas
populares, para que os mestres e artistas possam circular entre os países na
qualidade de mestres, promovendo a interculturalidade.
Requere-se proteger o patrimônio lingüístico sul-americano,
fomentando seu reconhecimento como línguas oficiais e promovendo sua
aprendizagem e seu uso.
Devemos ter consciência de que as culturas populares não são
predadoras do meio ambiente. Ao contrário, nas comunidades em que as
tradições estão vivas, o meio ambiente e a biodiversidade estão
preservados. E, além disso, os produtos industrializados descartados são
transformados para gerar beleza, desfrute e desenvolvimento humano.
Com estes processos, podemos construir nossa obra e nossos sonhos.
Podemos compartilhar e multiplicar nosso amor, paz e liberdade. Assim,
vamos chegando ao contexto necessário para ter apoio com humildade,
união e diálogo.
É devido à possibilidade de criar um lugar onde toda a juventude sulamericana
tenha vontade de aprender as tradições, que vale a pena estarmos
aqui e fazer todo este esforço. Assim, saberemos que vale a pena estar aqui
e fazer todo este esforço. Assim, teremos a possibilidade de que os jovens
resgatem os frutos velhos, semeando novas sementes para o futuro.
Cultura popular é reinventar o mundo. É fundir o ouro, o cobre, o
chumbo, a prata, é construir os instrumentos, é curtir o couro; é moldar o
barro, polir a pedra, tingir a areia, converter penas em coroas verdadeiras,
talhar a madeira, tecer as fibras das árvores e, com elas, tecer a fibra da
humanidade nova. E cantem livres aos ventos que os levem a uma roda de
dança que cultive nossos povos, nutrindo assim a nossa espiritualidade
Nós, mestres, mestras, artistas, pesquisadores das culturas populares,
povos originários, comunidades afro-americanas e representantes da
sociedade civil e dos Estados, subscrevemos:
Caracas, 28 de Novembro de 2008

quarta-feira, 10 de março de 2010

Mulheres negras na luta


Olívia Santana é vereadora, reeleita nas eleições de outubro de 2008 para a Câmara de Vereadores de Salvador, pelo PCdoB. Ex-secretária de Educação e Cultura de Salvador, atual presidente da Comissão de Educação, Cultura, Esporte e Lazer da Câmara Municipal. Militante do movimento negro, das mulheres, dos direitos humanos e defensora da Educação Pública, Gratuita e de Qualidade nos ensinos fundamental, médio e universitário.

Nascida na Comunidade do Alto de Ondina, Olivia Santana é filha de empregada doméstica e pai marceneiro. Sua mãe teve oito filhos, mas só sobreviveram três: ela e mais dois. Olívia teve que aprender cedo a lidar com as dificuldades. Sua história política começou aos 14 anos, quando teve que trabalhar como servente em uma escolinha particular. Esse foi o pontapé para a escolha de sua carreira.

Se preparou para o ingresso na universidade com os módulos velhos da filha da dona da escola em que trabalhava como faxineira. Prestou vestibular sem ter feito cursinho. Foi aprovada em Pedagogia na Universidade Federal da Bahia - UFBA.

Assim, é Olívia, vereadora com seis anos de mandato; mulher batalhadora, percebeu cedo que sua trajetória seria de muitas lutas, batalhas, mas também de conquistas. Um exemplo foi a sua vitória na eleição de 2008, como uma das mais votadas da esquerda.

Em nome da unidade das forças políticas do campo de Lula e do governador Jaques Wagner, Olivia retirou sua pré-candidatura à Prefeitura de Salvador, em favor de Pinheiro. Na Câmara, ela representa uma caixa de ressonância das bandeiras de luta dos negros, das mulheres e dos setores da Educação, da Cultura e movimentos populares.
Contatos: oliviasantana@cms.ba.gov.br

segunda-feira, 8 de março de 2010

A história do Grupo Enxame


Surgido em uma sala de aula, em meados de 1996 em São Roque interior de São Paulo, o grupo Enxame foi se profissionalizando a cada dia e mostrando que aquele momento poderia ser a melhor faculdade, a letra, a apostila mais difícil e as provas corrigidas pelo publico, tendo forças a cada segundo e construindo uma historia no rap – superando obstáculos, mantendo a modéstia e sempre observando o conteúdo das palavras antes da composição musical, grupo responsável pela Semana da Consciência Negra no CEC Brasital realizando Shows, palestras, feiras artesanais, capoeira e muitas atrações durante o dia na Cidade de São Roque, fazendo assim 20 de Novembro uma data comemorativa junto com nosso eterno Mauricio Tavares de Lima.
Momento inesquecível a cada role aprendemos que nunca podemos deixar de ser simples, “a humildade faz você ganhar espaço”, em cada apresentação, uma amizade sincera um contato, elogios e pra nos um obrigado, por todos fazerem parte da nossa historia onde quer que esteja.

Integrantes:

Copa, Alemão, Tico, Jair, Mano Boca, Juninho e DJ Marcião Na missão de transmitir paz e provar que o estilo Hip-Hop educa.

Discografia:

Em 2009 lança seu primeiro Cd, intitulado “Fraquejar Jamais”. O disco conta com diversas participações do Rap Nacional e músicos de diversos gêneros. Com rimas que difere letras que se deixa comover com facilidade e batidas expressivas, o trabalho musical do grupo surpreende e agrada até mesmo os mais críticos.
Produzido por Duck Jam, o álbum registra o fortalecimento do grupo que de cara o traz participações de músicos renomados, como: Lakers (Código Fatal), Marrom, Nuno Mendes, Neguinho Duck Jam, Juscy Melody, Abutre (Função RHK), Coral Negro SUS, Livre Soul, Tuca (Luta Diária) entre outros músicos convidados.



Projetos sociais como (O Marimbondo), em parceria com o Porão Produções onde realizaam trabalhos com jovens de até 15 anos que tem sonhos e não tem oportunidades, então aqui ele faz parte da família, escreve sua própria musica com instrumentais produzidas, estúdio pra ensaios e dias de reunião.

2009 - Participaram de um dos maiores eventos culturais do Brasil, "Tendencies Alphaville".

Música Ei Jão, presente no cd 12 Revelações vol.2 105 FM

Música Fraquejar Jamais, presente no Pro Evolution Soccer Brazukas 2009.

Música Como Assim? Trilha sonora do filme Como assim?

Música Saca Só, presente na mix tape Tudo pelo Rap!

Contatos: (11)-9686-0721 e 4719-6462 representante no Sul White Jay

grupoenxame@bol.com.br
www.grupoenxame.com.br